quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Parto em casa pode ser a 'melhor opção'

  • 4 dezembro 2014

Thinkstock
Diretriz deverá fazer com que milhares de crianças nasçam fora de hospitais na Grã-Bretanha

O parto domiciliar e aqueles feitos em centros médicos assistidos por enfermeiras obstetras são melhores para mães e, muitas vezes, mais seguros para os bebês, disse um órgão do governo britânico, em um anúncio que poderá fazer com que centenas de milhares de crianças nasçam fora de hospitais.
Cerca de 700 mil bebês nascem a cada ano na Inglaterra e no País de Gales, nove em cada 10 em unidades obstetras chefiadas por médicos em hospitais.
O Instituto Nacional para Saúde e Excelência em Atendimento, órgão consultivo do sistema de saúde público britânico, disse que 45% das mulheres estão em risco muito baixo de complicações e poderiam dar à luz em outros locais.
O órgão disse ser importante oferecer mais opções às mulheres, como parto domiciliar ou em centros com enfermeiras obstetras na própria comunidade ou perto de um hospital.
Independente do local, a entidade afirmou que deve haver uma parteira para cada mulher em trabalho de parto.

Menos complicações

Para as 'mães de primeira viagem', o número de partos sem intervenções médicas foi maior naqueles realizados em casa e em centros de parteiras do que em hospitais.
Mas há um risco maior de problemas médicos graves para o bebê, incluindo morte natimortos, para partos domiciliares.
Em mulheres que já tiveram, pelo menos, um filho, a taxa de intervenções médicas também foi menor em partos realizados fora de hospitais.
Não está totalmente claro por que há altas taxas de intervenções médicas durante partos em hospitais, mas acredita-se ser uma combinação de mulheres que se sentem mais confortáveis em um ambiente familiar e com parteiras conhecidas.
Há também a preocupação de alguns médicos que podem estar muito interessados em usar intervenções clínicas.
"Os trabalhos liderados por parteiras têm melhores resultados para as mães do que as unidades obstétricas e salas de parto tradicionais", disse Susan Bewley, professora de obstetrícia complexa da Universidade King's College, de Londres, e parte da equipe que desenvolveu as novas diretrizes do órgão de saúde britânico.
"(Esses tipos de partos) podem ser particularmente adequados para todas as mulheres porque as taxas de intervenção são mais baixas".
A ênfase, segundo ela, é na escolha de cada mãe diante de diferentes necessidades. As orientações aplicam-se apenas a mulheres com baixo risco de complicações.
Fatores que aumentam o risco incluem a mulher estar acima de 35 anos, pressão alta, doenças cardíacas ou anemia.
Cathy Warwick, da Universidade Real de Enfermaria Obstétrica, disse que "a evidência mostra que se mulheres não têm nenhuma complicação na gravidez, elas terão melhores resultados se puderem fazer estas opções".
Ela disse, no entanto, ser necessário mudanças no sistema de saúde público britânico e mais unidades com enfermeiras obstetras.
Fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/12/141201_saude_parto_hb

Reino Unido recomenda que grávidas de baixo risco evitem parto em hospital

   Novas diretrizes publicadas em dezembro, no Reino Unido, pelo Instituto Nacional de Saúde e Assistência (NICE, na sigla em inglês), recomendam que mulheres com gravidez de baixo risco sejam incentivadas a realizarem seus partos fora do hospital. Segundo o Serviço de Saúde (NHS) daquele país, isso resultaria em quase metade das futuras mães tendo seus filhos longe das salas de parto convencionais.
As mudanças foram motivadas pelas constatações de que mulheres assistidas por enfermeiras obstétricas, durante o trabalho de parto, têm menos chances de ser submetidas a intervenções médicas, como episiotomia e uso de fórceps. Além disso, ao não sofrerem intervenções cirúrgicas, as mães com gravidez de baixo risco têm um parto mais barato, saudável e que as deixam no controle da situação.
   As novas recomendações incluem uma série de questões, que abrangem o atendimento de mulheres e seus bebês durante o parto e imediatamente após o nascimento. Além de incluir a clara possibilidade de escolha das gestantes sobre os locais de parto (hospitais, casas de parto vinculadas a hospitais, casas de parto da comunidade e residência da grávida), outra diretriz aponta para os benefícios para o clampeamento tardio do cordão umbilical. Especialistas do NHS aconselham que as parteiras não cortem o cordão no primeiro minuto de vida do bebê, podendo estender este momento até cinco minutos após seu nascimento. A medida, de acordo com diversas pesquisas, pode diminuir o risco de anemia no bebê.

Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0
Fonte: http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2014/12/reino-unido-recomenda-que-gravidas-de-baixo-risco-evitem-parto-em

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

ENFERMAGEM - diálogos na primeira classe


ENFERMAGEM diálogos na primeira classe

Ao comemorar a Semana da Enfermagem de 2014,
o COREN-SP faz  o lançamento do Documentário
"Enfermagem - diálogos na primeira classe" conjuntamente
com um livreto comemorativo.

O filme traz cenas que relatam a vida cotidiana
dos profissionais de Enfermagem inseridas no contexto
da eficiência, da dedicação, da técnica e do conhecimento.

O livreto apresenta 4 personagens/profissionais como
representantes de toda a categoria, e transcreve de forma
poética o olhar de cada um sobre sua área de atuação.

Sentimentos, sensações, resgate dos verdadeiros
valores do profissional de Enfermagem: respeito
e confiança por aqueles que se empenham em socorrer,
cuidar e salvar vidas.

O COREN-SP espera estimular todos os profissionais
a serem protagonistas de suas histórias e as tornarem
públicas para que se possa propagar, junto à população,
o orgulho de pertencer à classe da Enfermagem e o real
conhecimento técnico/científico que faz de cada
um peça fundamental na recuperação do paciente.
Tanto o documentário quanto o livreto devem ser vistos
e revistos para permanecerem na memória de todos como
o começo de uma nova era para a Enfermagem.



Ivanilde Rocha

Enfermeira obstetriz e docente na UNASP

O socorro científico.
Através da sua profissão, a enfermeira atua e ensina.
Protagoniza, diante da câmera do fotógrafo,
a beleza da vida que chega através de suas mãos.
Leva no arquivo da memória o conhecimento,
engajado e objetivo.
Seriedade, descontração, emoção.
Tudo ao mesmo tempo,
revelado num sorriso confiante de quem
lida com a preparação da vida.
Prepara dois momentos,
o do nascimento e o do aprendizado.
Contar o tempo... nisso persiste o parto, a educação.
Preparação!

Fonte:http://dialogosdaenfermagem.org.br/

terça-feira, 2 de setembro de 2014

{Parto domiciliar} – O VBAC natural de Carla

   Não foi fácil conseguir fotografar meu primeiro parto. Após umas tentativas frustradas e partos planejados em hospitais que não permitem presença de fotógrafo, fui presenteada com o melhor primeiro parto humanizado que alguém poderia ter o privilégio de fotografar: um VBAC, natural e domiciliar, do jeito que a mamãe Carla planejou. Gratidão eterna!
   A Carla já apareceu aqui quando fiz o ensaio gestante já no finalzinho da gravidez. Ela mora bem longe de mim e ficamos com medo de eu não chegar a tempo, mas Sara estava tranquilona e sem pressa de nascer, deu tempo de chegar e fazer as fotos desde o comecinho até a hora de toda família descansar já com a pequena nos braços. Foi uma longa jornada de mais de 12 horas, mas que passou dançando pelo relógio. A parturiente escolheu a parteira Ivanilde Rocha que foi bastante atenciosa comigo, fotógrafa humanizada iniciante, e me explicava cada detalhe das fases pelas quais a Carla estava passando, sem contar que ela é ótima, tocou violão para a mamãe descansar e cantou para a bebê nascer. Como Carla não tinha doula, em alguns momentos meu equipamento ia para a mesa e eu ia lá no banheiro fazer companhia enquanto ela ficava debaixo da água quente, servi de apoio e acabei sendo chamada de “Fotoula” pela parteira. O que posso dizer é que são muitos sentimentos bons envolvidos, uma paz enorme e o amor que fortalece dentro da gente é de emocionar. Foi uma experiência incrível e é aquela coisa mesmo: câmera num olho, lágrima no outro.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

10 passos para um bom parto: o caminho para um ambiente íntimo.

14 junho, 2013 Por: Kalu Brum Categoria: gravidez, Natura, parto, publieditorial, Sem Categoria 2
Foto: Kelly Stein - E esta paz que deveria existir ao nascer. Esta entrega que deveria ser proporcionada para quem chega. Esse abraço no começo, no meio e em toda a vida, até o fim. Entrega, confiança, amor e respeito. E disso que eu falo. E isso que eu vejo. Para isso eu luto com palavras e massagens e forca e fé! Para isso.(Kalu Brum)
Foto: Kelly Stein – E esta paz que deveria existir ao nascer. Esta entrega que deveria ser proporcionada 
para quem chega. Esse abraço no começo, no meio e em toda a vida, até o fim. Entrega, confiança, amor 
e respeito. E disso que eu falo. E isso que eu vejo. Para isso eu luto com palavras e massagens e forca
e fé! Para isso.(Kalu Brum)

O obstetra Francês Michel Odent afirma que os hormônios presentes na hora do parto são os mesmo do ato sexual.
Curioso. Quando li isso, antes de parir, me fez todo sentido. Desta forma pensar na cena do parto deveria ser tão importante quanto como nós nos preparamos para um bom sexo.
Por isso é fundamental:

- Escolher um parceiro (médico/enfermeira) que respeite suas decisões
- Um bom parto acontece ambiente que seja realmente acolhedor e íntimo
Vale checar com o profissional de saúde:
- Posso comer e beber durante o trabalho de parto?
- Posso levar incenso, música?
- Caminhar é permitido?
- Tenho direito ao meu acompanhante durante todo tempo?
- Durante o trabalho de parto estou em quarto individual?

Claro que existem pessoas que sentem prazer em serem observadas. Mas em geral, as mulheres, precisam para parir (ou transar) de:
- Pouca luz
- Não observação
- Afeto, carinho
- Toque como abraços, beijos e massagem
- Ambiente quente (sem ar condicionado)

O mesmo vale para um ambiente íntimo que deve ser construído para o momento do parto.
A ocitocina é um hormônio tímido e a chave para o desenrolar do trabalho de parto. Seu oposto, adrenalina, inibe a presença da ocitocina.

- Com luz
- Frio
- Fome
- Excessivos exames de toque
- Agressão verbal
- Isolamento
- Falta de privacidade

Não há mulher que se sinta a vontade, nem para parir, nem para ter um orgasmo.

E tristemente como revelou essa pesquisa divulgada em 2010 pela Fundação Perseu Abramo, 1 em cada 4 mulheres sofre violência obstétrica.
Entre os dias 20 a 27 de maio de 2013 foi comemorada a semana Semana Mundial pelo Respeito ao Nascimento (SMRN)  e o tema deste ano foi: “Não perturbe: estou parindo!”.

A Rede Parto Do Princípio, como faz em todos os anos, organizou uma exposição em diversas capitais brasileiras chamando atenção para o tema. As fotos mostram  mulheres e depoimentos que vivenciaram o momento do nascimento de forma positiva e transformadora, com respeito aos seus direitos, segurança, privacidade e muita ocitocina natural.
A Rede criou este aviso de porta com 10 passos para um parto tranquilo. As orientações são para os profissionais e pessoas que estarão envolvidos no parto. Achei a idéia sensacional. Deixar na porta, como nos hotéis para  chamar atenção sobre a importância do ambiente íntimo para a mulher que está parindo:
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4 – Combine antes sobre fotografias e filmagens de parto. Nem todo mundo se sente à vontade com esse tipo de registro.
5 – Mantenha os aparelhos eletrônicos no modo silencioso. Caso precise utilizá-los, faça de maneira que não perturbe a tranquilidade do ambiente de parto.
6 – Evite comentários negativos e mantenha uma postura positiva. Evite achismos e acima de tudo acredite na capacidade dela de dar a luz. Incentive-a e elogie seu desempenho constantemente.
7 – Certifique-se que a parturiente está cercada das pessoas ela que escolheu para estarem presentes com ela neste momento. Uma presença indesejável pode ser gentilmente convidada a se retirar.
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10 – Não esqueça: o parto é da mulher. Respeite as escolhas dela e seja um agente facilitador para que essas escolhas sejam respeitadas.
Assim que tiver a oportunidade vou adquirir um para levar comigo nos partos em que atuo como doula.
No meu parto domiciliar de 40 minutos acredito que o ambiente e o isolamento foram fundamentais para um parto indolor, rápido e cheio de prazer.
Esses passos acima são fundamentais para um parto respeitoso.

Fonte: http://vilamamifera.com/mamiferas/10-passos-para-um-bom-parto-mmb/#

domingo, 8 de dezembro de 2013

A Dor Além do Parto


Amigos , independente de sua profissão acesse este link! A dor além do parto! Em campo de estágio convivo com esta violencia! Dói no meu coração, dói na alma! Profissionais sem respeito nenhum á mulher! Basta! Precisamos por um freio nas intervenções desnecessárias! Minhas queridas alunas e ex-alunas façam a diferença na vida das mulheres que são assistidas por vocês como enfermeiras obstetras! Não deixem o sistema corrompê-las (os)!



Qual é o sentido da vida


VIDARIA

uma exposição de sentidos da vida

Parteira canta ao bebê quando nasce: ‘a vida faz sentido se a gente crer que Deus tem um propósito para a gente’

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