"Descobri
que estava grávida, foi uma mistura de medo com emoção. Meu maior sonho sempre
foi ser mãe, mas ao me deparar com ele me assustei. Primeiro filho aos 18
anos de idade... Inexperiente, surpreendida por uma responsabilidade
gigantesca! Como seria dali em diante?
A
gravidez nos enche de expectativa. O sexo, o primeiro chute, o tamanho da
barriga, o parto.Cada fase uma alegria!
Com
aproximadamente 19 semanas, descobri o sexo do meu bebê. Vinha aí uma menina!
Uma princesinha para iluminar a minha vida!
A
partir daquele momento, planos e sonhos tomaram conta da minha cabeça. Não
pensava em mais nada a não ser no nome da minha estrelinha, como seria o
enxoval, roupas, quarto, berço... Ufa! "Venha logo, minha Bonequinha!
Venha logo!".
Ao
5º mês, a tão esperada sensação... Senti meu bebê dentro de mim.
Foi
ao receber o primeiro chute deste pequeno e frágil ser, que comecei a sentir a
emoção de gerar uma criança. Uma dádiva de Deus!
Ficava
quieta e em silêncio por horas, só para esperar o próximo movimento da minha
filha. A sensação mais gostosa que já tive!
Agora
era um reboliço só! Ela doidinha lá dentro, fazendo festa, e eu doidinha pra
que ela saísse para ver o rostinho dela!
A
família, amigos e o namorado só paparicando! Como foi importante o apoio
deles nessa hora!
Logo
no inicio da gravidez a Ivanilde (pra
mim, tia Nide) me falou sobre o
conforto do parto domiciliar, mas esse assunto me assustava. Fugi dela quase a
gravidez toda . As pessoas tem um certo pré-conceito com esse tipo de parto e
me apavoravam falando que seria muito
arriscado para mim e para o meu bebê. Até o ginecologista que acompanhava a
minha gravidez se espantou e disse que eu seria louca de fazer isso. Acertei
com tia Nide (Ivanilde) que iria ganhar
no hospital, mas onde ela poderia acompanhar.
Já
no finalzinho do 8º mês, tive uma longa conversa com ela sobre os últimos
cuidados, como seriam as primeiras dores e a hora que eu deveria procurá-la.
Nas 2 ultimas semanas, a sensação de "pode nascer a qualquer momento"
me deixava tensa! Eu iria saber a hora?
Na
noite de 11 de setembro de 2011 comecei a sentir uma leve cólica que já deixou
a casa inteira atenta. Ligamos para tia Nide e ela sugeriu que acompanhasse
dali em diante. Aprontamos tudo e fomos, eu e minha mãe, para a casa dela.
Chegamos lá por volta da 1h da madrugada do dia 12. A tia Nide fez uma
avaliação e disse que eu esta com 3 pra 4 cm, mas com contrações muito fracas
mas que e a partir dali, valia tudo.
Aquela dor inicial logo passou mas, mal conseguia dormir, na expectativa da
minha filha nascer a qualquer momento. A tia Nide foi dar aulas, passei o dia
acompanhada do Tio Éneas (marido da tia nide, também enfermeiro obstetra) e
minha mãe. Eles me colocaram para fazer o exercício da bola e cuidaram para que
eu descansasse enquanto não tinha dor, pois quando iniciasse de verdade o
trabalho de parto seria algo muito cansativo.
De
tarde a tia Nide fez outra avaliação. Eu estava com 5cm de dilatação. Tinha
algumas contrações mas não tinha dor. Vendo estar tudo bem comigo e com a
criança, conversou comigo novamente sobre o parto domiciliar.
Toda
a comodidade do lar, a presença do pai da criança e da minha mãe, avaliações
somente em momentos necessários... Eu teria todos esses benefícios ganhando em
casa.
Conversei
com minha mãe e com o pai da minha Pequena, e decidi por ter em
casa. Seria ali mesmo, na casa da tia Nide que eu teria minha filha.
Por
volta das 17h as dores já eram mais frequentes e fortes.
O
pai da minha Princesinha, Denis, chegou e começou a ajudar a minha tia nos
preparativos. Isso tudo, claro, depois de anunciar para o mundo todo que eu
estava para ganhar bebê!
Minhas
irmãs também, anunciando em tudo quanto era rede social o nascimento da
Princesinha.
Lá
pelas 20, 21h, tia Nide fez outra avaliação. Não havia progredido muito, estava
com 7cm, e pouquíssimas contrações, e eu já estava cansada porque não consegui
dormir nada a noite nem durante o dia, então ela decidiu por estourar a bolsa.
"Se
prepara Tamires, que agora você vai entrar em trabalho de parto verdadeiro, e
as contrações vão aumentar."
Daquele
momento em diante, foi muita loucura. Sempre fui muito fraca para dor, e não
estava suportando. Como não havia dormido bem nas noites anteriores, estava
exausta. A cada intervalo da dor era como se eu apagasse! Fiquei dopada! Não
via nada!
Tinha
bastante gente presente. Minha mãe, irmã, tia, primas... Uma platéia!
Achavam
engraçado, porque eu não conseguia parar quieta. Fiquei girando pelo quarto,
andava de um lado para o outro, entrava no banho quente, fazia o exercício da
bola, brigava... Parecia que nunca ia passar!
A
tia Nide fez uma oração comigo e junto com minha mãe me ajudou a manter a
calma. Numa intensa conexão com Deus, pedi Sua benção e direção, e que a partir
dali fosse feita a Sua vontade no Seu tempo, mas que se Ele pudesse fazer bem
rapidinho, eu agradeceria muito! rsrs
Já
estava tudo preparado, já havia decidido de que forma eu ganharia, como o Denis
ajudaria, gostei da posição lateral.
Pouco
tempo depois da oração, eu senti que aquela, era a hora!
Me
deitei de lado e o Denis apoiou minha perna, como havia sido combinado.
O tio
Enéas colocou para tocar um hino, enquanto a Tia Nide pedia a orientação de
Deus para o parto.
Eu
estava tão cansada que parecia que não teria forças. Não via absolutamente
nada! Só ouvia o hino e as pessoas presentes falando comigo. Elas diziam que
viam a cabecinha de minha Filha, mas eu não aguentava por muito tempo, e ela
voltava.
Estava
tão fraca, que tia Nide sugeriu que eu descansasse um pouco. Mas a dor era
tanta, e o desejo de ter logo minha menina maior ainda, que numa rápida oração,
eu disse a Deus "É agora Senhor! Me ajuda!". Logo tomei forças, que
só vinda de Deus mesmo, e enfim, o alívio... As 02h06 da madrugada do dia 13 de
setembro de 2011 uma terça-feira, nasceu! Nasceu a minha filhota! A minha
Alice!
"Respira
fundo para ela chorar, Tamires.". O choro dela! a maior de todas as
minhas alegrias! Foi aí que eu consegui abrir os olhos e ver o que estava ao
meu redor.
Minha
Bonequinha! A coisinha mais linda do mundo!
Denis
cortou o cordão umbilical e tia Nide colocou em cima de mim a Alice. Que
sensação maravilhosa!
Dei
a primeira mamada e não aguentava de tanta emoção! Mas também de tanto cansaço!
Não precisei levar nenhum ponto! Períneo íntegro! Depois de dar mamar para ela, pegaram-na para
limpar e eu apaguei!
Enquanto
eu dormia, a tia Nide avaliou o bebê, pesou e mediu.
Com
3k190g e 50cm, minha Alice era pura gostosura!
Depois
disso muito paparico, acordei, me limpei curti mais minha pequena e
dormimos. A primeira de muitas noites lindas ao lado da minha Alice!
Passei
mais 2 dias na casa tia Nide, recebendo todos os cuidados pós-parto.
Meu
pai foi nos buscar depois da tia Nide avaliar a mim e minha filha.
Linda
e saudável, estava liberada!
Hora
de ir pra casa, viver o meu sonho real!
Agradeço
muito a Deus pela graça de me dar minha Alice, por me dar uma gravidez e parto
tranquilos e por colocar a tia Nide em nosso caminho.
Agradeço
também a pateira Ivanilde (tia Nide )que cuidou de mim e de minha filha com
tanta dedicação e carinho.
Que
Deus ilumine seus caminhos e a abençoe, a cada criança que ajudar a
trazer ao mundo.
Muito
obrigada! Deus lhe abençoe!"
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